quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

brb

Fases. Há-as em que me apetece apenas sentar e assistir. Outras em que me apetece pegar no teclado e escrever, seja para divagar sobre a actualidade ou sobre o sexo dos anjos, seja para dar a conhecer alguma obra de arte ou acontecimento específico que me soe digno de relevo. Foi dessa última fibra que foi escrito durante alguns anos este blog, e creio que há algumas semanas o bichinho voltou.

sábado, 16 de março de 2013

Focas serão sempre.. Focas.

Welcome back everyone!

Antes de mais, e para informação de quem anda aí apenas por ver os outros andar, vamos explicar o que é uma GoPro: a GoPro é uma marca de câmeras digitais, usadas para filmar actividades radicais ou quaisquer outras actividades cuja execução exija da câmera robustez e resistência ao choque ou humidade. 

Há imensas coisas que podes fazer com uma GoPro. Podes filmar um passeio de btt, podes filmar o interior do teu carro num trackday ou numa expedição todo-o-terreno, podes filmar-te a surfar ou a fazer paraquedismo, e podes até filmar-te para a posterioridade enquanto tentas acabar com a tua namorada. Ou durante outra guerra civil qualquer. 

De qualquer forma, uma das coisas que também podes fazer com uma GoPro é montá-la numa prancha e deixar essa mesma prancha seguir o seu caminho, mar fora. Perfeitamente normal, certo? "Certo", pensou o nosso amigo Ethan Johnson. Segue o resultado:



Agora digam-me lá, há mesmo alguém que não goste de focas? Com 10, 30, 50 ou 70 anos, focas serão sempre focas aos olhos de um homem. São hilariantes, há qualquer coisa nelas que nos transporta à velha infância. São o expoente máximo do humor físico, são o nível onde nunca um Chaplin ou um Cleese chegaram, ou alguém mais alguma vez chegará. Talvez só os pinguins, ok. E mais ninguém.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Músicas da minha vida #2


#2. Bruce Springsteen - The River



Sendo uma das minhas favoritas entre todas as obras-primas do mestre Bruce, The River fala-nos sobre a história de um homem e do curso da sua vida, algures no interior americano. Fala-nos sobre como no interior as coisas se repetem geração após geração de forma idêntica, e conta-nos a história de alguém que como tantos outros vive uma vida lógica - nascer, aprender uma profissão, conhecer uma mulher, casar e ir vivendo.

Neste caso em específico, Bruce fala-nos de um rio, um rio que está ali, inerte, e que assiste a todo o percurso da sua vida - desde o tempo em que foi feliz, até aos dias presentes em que "por culpa da economia o trabalho escasseia", subentendendo-se que seja essa a origem do alegado afastamento entre o casal, que é agora retratado como distante de tudo aquilo que foram um dia - felizes junto àquele rio. Tenho neste cenário um deja vu, uma cena muito comum, particularmente entre gerações anteriores, casais que foram um dia muito felizes juntos e que por circunstância da vida acabaram por deixar apagar a chama que foi um dia tão cheia e vigorosa, vivendo vidas isoladas e mantendo apenas um casamento que era visto em outros tempos como uma cruz, um destino a carregar até ao resto da vida. 


A parte final da canção é cantada em jeito de auto-análise e retrospectiva, como que aquele momento da tua vida em que pões a mão na cabeça, olhas para trás, para o que imaginaste para ti e para o ponto em que estás, bastante diferente daquilo que imaginaste que seria a tua vida. Aquele ponto em que olhas para trás e tentas perceber que o que aconteceu ao homem que idealizavas ser, e quem o trocou pelo homem em quem te tornaste. Uma paragem em que todos passamos um dia, por uma ou outra razão, mais tarde ou mais cedo no curso da vida. 

E é neste ponto que o Boss introduz "Is a dream a lie if it don't come true?" - uma das suas mais fabulosas, enigmáticas e retóricas peças de escrita, na minha opinião. 

A guitarra acústica e a tão clássica harmónica de Springsteen dão à música um ar simples, humilde, em tom country, remetendo-nos para o cenário do interior americano em que é retratada a história. 




I come from down in the valley

Where mister, when you're young
They bring you up to do like your daddy done
Me and Mary we met in high school
When she was just seventeen
We'd drive out of this valley down to where the fields weregreen
We'd go down to the river
And into the river we'd dive
Oh down to the river we'd ride

Then I got Mary pregnant
And, man, that was all she wrote
And for my 19th birthday I got a union card and a wedding coat
We went down to the courthouse
And the judge put it all to rest
No wedding day smiles, no walk down the aisle
No flowers, no wedding dress

That night we went down to the river
And into the river we'd dive
Oh down to the river we did ride

I got a job working construction for the Johnstown Company
But lately there ain't been much work on account of the economy
Now all them things that seemed so important
Well mister they vanished right into the air
Now I just act like I don't remember
Mary acts like she don't care

But I remember us riding in my brother's car
Her body tan and wet down at the reservoir
At night on them banks I'd lie awake
And pull her close just to feel each breath she'd take
Now those memories come back to haunt me
They haunt me like a curse
Is a dream a lie if it don't come true
Or is it something worse,
that sends me
Down to the river
though I know the river is dry
That sends me down to the river tonight
Down to the river
My baby and I
Oh down to the river we ride

sábado, 10 de novembro de 2012

Músicas da minha vida #1

#1. Audioslave - Like a Stone



A abrir esta rubrica, que vai começar a figurar frequentemente cá no blog, escolho uma música bem conhecida, de uma superbanda que faz real jus ao termo, composta pelos músicos dos Rage Against the Machine e a voz dos Soundgarden, Chris Cornell. Que é basicamente como juntar o já muito bom que tem a Grécia com o melhor que tem Roma, passe a metáfora. 

"Like a Stone" fala-nos de retrospectiva, de arrependimento e redenção. Conta-nos a história na primeira pessoa de alguém que está "lendo um livro", fazendo uma retrospectiva sobre a sua vida passada - sobre o bem que trouxe, e o mal que deixa no mundo; os erros que cometeu e o que sente em relação a esses erros; e de como deseja subir "ao paraíso" na hora da sua morte. Não o paraíso da forma encantada que nos é prometido... Mas um paraíso mais seu, onde já esteve um dia e que parece agora tão distante. 

Na minha leitura esta canção é única, e o que transmite na lírica obriga-te a olhar à tua volta com outros olhos, faz-te pensar no quanto às vezes procuras obcecadamente por uma felicidade que pareces nunca atingir, quando por vezes estás a viver numa mesma felicidade que talvez um dia possas não ter. Talvez possas um dia tornar-te tu o velho, sentado na sua casa vazia de movimento e interesse, lendo o livro da sua vida e percebendo que errou demasiadas vezes, que nem sempre aproveitou a amizade, o amor e os pequenos prazeres da vida terrena da forma que o devia ter feito. 
Por outro lado, o riff de Morello é simplesmente apaixonante, pela sua simplicidade e pelo sentimento introspectivo e fatídico que transmite. A voz grunge de Cornell completa a música na sua forma impetuosa, viril e ainda assim sentimental, algo que só Cornell e mais alguns (poucos) artistas conseguem transmitir na impressão da voz sobre o instrumento.





On a cold, wet afternoon
In a room full of emptiness
By a freeway I confess
I was lost in the pages
Of a book full of death
Reading how we'll die alone
And if we're good, we'll lay to rest
Anywhere we want to go

[Chorus]
In your house I long to be
Room by room patiently
I'll wait for you there
Like a stone
I'll wait for you there
Alone


On my deathbed I will pray
To the gods and the angels
Like a pagan to anyone
Who will take me to heaven
To a place I recall
I was there so long ago
The sky was bruised
The wine was bled
And there you led me on

[Chorus]

Alone

And on I read
Until the day was gone
And I sat in regret
Of all the things I've done
For all that I've blessed
And all that I've wronged
In dreams until my death
I will wander on

[Chorus]

Alone

domingo, 28 de outubro de 2012

O simpático vigarista



Neal Caffrey é um vigarista e falsificador brilhante. Peter Burke é um detective, não menos brilhante. Ao contrário do que se possa tentar adivinhar, White Collar não se centra na boa velha história do polícia e do ladrão, da fuga e da investigação. Fala antes da história de um ladrão que a certo ponto atravessa a fronteira para o lado dos bons da fita.
A história de ambos cruza-se quando Caffrey é apanhado pelo primeiro e único homem que o conseguiu, Peter Burke. A cumprir pena na prisão, Caffrey recebe uma visita da sua namorada, Kate Moreau, que termina nesse dia a relação de ambos. Ficando com a impressão que algo não está totalmente explicado, Caffrey opera uma brilhante fuga da prisão a apenas quatro meses do término da sua sentença para procurar Kate, mas acaba de novo preso pelo mesmo Peter Burke que o prendeu pela primeira vez. Desta vez, Caffrey propõe a Peter que lhe dê liberdade condicional em troca de ajuda nas suas investigações na divisão de crimes de colarinho branco do FBI. Hesitante, Peter acaba por ceder à possibilidade de poder contar com a inteligência e conhecimento do prodigioso vigarista.
Além de um grande golpista, dono de uma inteligência assinalável e de uma perícia manual de um cirurgião, Neal é um homem das artes: Connaisseur e apaixonado da pintura renascentista, da arte das antigas civilizações, de boa música e bons livros, especializou-se na falsificação de obras de arte, mas também dinheiro e títulos financeiros, para além de todos os pedaços de papel de alguma forma possam valer dinheiro. Apreciador da alta roda e do luxo, e de tudo o que isso envolve, Caffrey é um homem de boa aparência e sorriso fácil, algo que de alguma forma lhe vale a simpatia de toda a gente com quem se cruza. Toda a gente, excepto Burke.
Ambos acabam por formar uma dupla que resulta numa série apaixonante, viciante, capaz de oferecer uma história diferente em cada episódio e simultaneamente uma história de fundo que vai decorrendo em longo-prazo, por entre a subtileza da interpretação de Matt Bomer e a riqueza de conteúdo da personagem do intelectual Mozzie, fiel companheiro de crime e melhor amigo de Caffrey.
Apesar de a certo ponto cair um pouco em monotonia, White Collar é uma série que oferece uma boa trama, alguma acção e puzzling mental, e alguns sempre deslumbrantes grandes planos da cidade de Nova Iorque. É no global uma série com um argumento interessante, que vive despretensiosamente em torno da personagem de Caffrey e da forma como este vai tentando decidir de qual dos lados da lei será afinal o seu lugar.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Carlos "Cobain" Maciel




Quando alguém faz mudar a definição de músico de rua, para melhor. Não sei a história de vida deste senhor - provavelmente serei o único, mas tem que haver alguma coisa muito forte para não estar neste momento a voar de outra forma...

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Unlock the 007 in you

Há projectos que só uma grande marca consegue levar avante, tal é o reconhecimento e ring-a-bell necessário para algo assim. Ou duas, neste caso: Coca-Cola e 007.