quarta-feira, 4 de julho de 2012

Falta de política

Sim, é um post sobre política. Ou sobre a falta dela. 

No nosso caso, o que temos não é política, é falta dela. Porque se houvesse uma política coerente no ramo da Política, alegremente não teríamos mentecaptos ao leme do navio. Não haveriam Engenheiros ao Domingo, não haveriam licenciados-de-um-ano nem teríamos um Primeiro-Ministro que se licenciou aos 36 anos. Não que um canudo seja sinal de competência, mas como não há sinal dela de lado algum seria de esperar que pelo menos de um curriculum académico no mínimo coerente pudesse advir alguma esperança de que estas pessoas sabem realmente o que andam a fazer na casa das máquinas. O que notoriamente, reforço, não é o caso.


O caso de Relvas é gritante. Choca-me saber que estamos a falar de um tal génio que se inscreveu um dia num curso de Direito, onde obteve a brilhante distinção de fazer apenas uma cadeira durante o ano em que lá esteve, com a não menos brilhante classificação de 10 valores. Depois bem, decidiu que o Direito não seria bem a sua cena, e atira-se para uma licenciatura em História de onde saiu com o meritório aproveitamento de 0 (sim, zero) cadeiras concluídas. Pois, talvez Direito e História não sejam bem a cena dele - e que tal Ciências Políticas? Essa sim, a praia dele! De tal forma que acaba uma licenciatura de três anos em apenas um. Meus amigos, estão a gozar com a puta da minha cara não é? Um iluminado que não conseguiu mais do que fazer uma cadeira em dois cursos na prestigiada Universidade Livre chega a uma outra universidade e conclui um curso de 36 cadeiras em apenas um ano lectivo? Com equivalências resultantes "do seu vasto curriculum profissional". Mas quem? Um gajo que nunca fez nada na puta da vida senão andar a desfilar em associações, ordens e jotas? A sério, estamos mesmo neste ponto?

Estamos entregues a uma geração de jotinhas, uma geração que chega ao poder apoiada em degraus de favores e influências, degrau a degrau, até ao topo. Estamos perante uma total descredibilização da política, estamos a falar de controlo dos media e consequente controlo do Zé Povinho. Estamos a falar de uma geração de economistas de all-in e licenciados-às-três-pancadas que não têm o mínimo background fora da realidade política, passando a vida a reboque de jotas e maçonarias. Fantoches. Marionetes. Estamos entregues à bicharada. E como qualquer hiena que se preze, estas só largarão o osso quando não houver nem um pequeno vestígio de carne para rilhar.

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